A educação física é para todos, e tem como meta (função) principal a socialização, possibilitando a inclusão de todos os participantes. O jogo, a dança, a ginástica e o esporte são meios pelo os quais a educação física utiliza para alcançar o desenvolvimento corporal do estudante, pois este se encontra em situação de aprendizagem e não só de diversão e passatempo.
Conceitos de Educação Física:
- A Educação Física é uma das áreas do conhecimento humano ligada ao estudo e atividades de aperfeiçoamento, manutenção ou reabilitação da saúde do corpo e mente do ser humano, além de ser fundamental no desenvolvimento do ser como um todo. Ela trabalha, num sentido amplo, com prevenção e cura de determinadas doenças humanas num contexto terapêutico e também é fundamental na formação básica do ser humano, devido sua atuação no contexto psicossocial no conhecimento corporal (conhecimento do próprio corpo) suas possibilidades de ação e suas limitações.
- Conjunto de atividades físicas e desportivas;
Atividade Física – A diferença entre a Educação Física e a atividade física é que a atividade física é qualquer movimento do corpo, produzido pelo músculo esquelético que resulta em um aumento do gasto energético. Atividade física refere-se ao gasto calórico promovido por uma ação superior físico, como um deslocamento, um movimento físico qualquer. É um conceito cartesiano e linear que aparta e fragmenta a motricidade humana em mero movimento. Já a Educação Física é uma ação planejada e estruturada, que pode utilizar-se de vários elementos como o esporte, a dança, a luta, o jogo, a brincadeira e a atividade física. A Educação Física nasce da maneira como a conhecemos hoje com o advento da modernidade, da sociedade urbana e industrial e a necessidade de preparar e educar os corpos para a produção nas fábricas.
Exercício Físico – é uma seqüência sistematizada de movimentos de diferentes segmentos corporais, executados de forma planejada, segundo um determinado objetivo a atingir.
Saúde - para o cidadão comum, é bem-estar, é sentir-se bem; a Organização Mundial de Saúde entende-a como perfeito equilíbrio biopsicossocial e não meramente ausência de doenças.
Obesidade - aumento na quantidade generalizada ou localizada de gordura em relação ao peso corporal, associado a elevado riscos para a saúde.
Aptidão Física – capacidade de realizar tarefas diárias (trabalho, lazer) com vigor; o maior nível de aptidão física esta associado com o menor risco de certas doenças crônico-degenerativas.
Flexibilidade – capacidade de mover as diversas partes corporais (dobrar, torcer, estender).
Força/Resistência Muscular – capacidade de um grupo muscular de vencer uma resistência e persistir em repetidas contrações.
Índice de Massa Corporal (IMC) – é calculado através da divisão da massa corporal (peso corporal em Kg) pela estatura (em metros) elevada ao quadrado.
Fórmula: IMC = Peso (Kg) Estatura (metros ²)
Circunferência Abdominal - Se para a mulher for maior do que 80 cm e para o homem for maior do que 95 cm significam que são portadores de obesidade central, também chamada de abdominal, visceral ou andróide, isto é, apresentam deposição de gordura predominantemente no quadril. Medidas que representam riscos de complicações metabólicas (resistência à insulina, diabetes, pressão alta, problemas de coração).
INIMIGOS DA BOA SAÚDE
A lei mor da saúde no século XXI é: cuide-se.
Apesar dos avanços da medicina e da farmacologia, que continuam em busca da
cura para todos os males, os problemas de saúde de que o homem moderno enfrenta
ainda são verdadeiros mistérios para a ciência, o que vem abrindo espaço para a
medicina preventiva e outras áreas da saúde. O homem moderno percebeu que, com
as melhoras tecnológicas, outros problemas apareceram. Se a máquina foi
inventada para diminuir o cansaço dos homens, junto com ela veio à tendinite.
Se aumentou a expectativa de vida, cresceu o número de idosos sofrendo os
incômodos da velhice. E, já que não há solução para todos os problemas, a
melhor saída é evitá-los na medida do possível. E isso cada um deve fazer por
si. Até porque a prevenção é sempre mais barata e menos penosa que o tratamento.
SEDENTARISMO: O GRANDE VILÃO
Sedentarismo é o estado de quem pouco se mexe, vive sentado, evita o
movimento. Caracteriza-se como sedentário quem não realiza atividade física
extra, dia-a-dia, o que em um adulto corresponde a um gasto energético abaixo
de 2.500 Kcal (quilocalorias) por semana. No contexto da vida moderna,
sedentarismo é o hábito de substituir movimentos básicos como caminhar, correr,
saltar e carregar pelo movimento dos dedos diante de um teclado, do controle
remoto, do computador ou do telefone celular. É o nome que se dá ao costume de
responder “outro dia eu vou” ou “não tenho tempo” toda vez que alguém o convida
a transpirar. Com a industrialização e a tecnologia, o produto criado foi a
progressiva diminuição da quantidade de movimentação corporal dos cidadãos,
incentivadas pelas máquinas que substituem a ação humana e que são aceitas,
desejadas e compradas por todos que têm condições financeiras de adquiri-las. O
sedentarismo foi eleito, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), um dos
principais inimigos da saúde pública, responsável pelo aumento do risco de
morte por todas as causas, sendo o fator de risco com maior prevalência na
população brasileira. Estima-se que a inatividade física seja responsável por
mais de 2 milhões de mortes por ano, em todo mundo, em virtude de sua
influência na ocorrência de doenças, principalmente as chamadas crônicas não
transmissíveis (DCNT), todas elas evitáveis. As doenças mais comumente causadas
ou agravadas pelo sedentarismo são as coronarianas, a obesidade, a hipertensão,
o diabetes e a depressão. Dentre os fatores de risco para problemas cardíacos,
o sedentarismo é um dos mais evitáveis. Segundo a American Heart Association
(AHA), fatores como a hereditariedade e o envelhecimento não podem ser
alterados, mas o fumo, a inatividade e a má alimentação são perfeitamente
controláveis. Os outros fatores de risco apontados pela AHA como a pressão
alta, o colesterol elevado, o diabetes e o estresse também podem ser amplamente
combatidos pela atividade física, pois esta reduz as gorduras sanguíneas,
aumenta o bom colesterol e, segundo relatos dos praticantes, diminui a
ansiedade, evitando, ainda, a depressão. O atual estilo de vida é responsável
por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame
cerebral, duas das principais causas de morte de brasileiros.
O corpo, essa máquina particular, foi feito para trabalhar. Todas as
suas partes, todas as peças móveis, os fluídos lubrificantes, os gases e as
substâncias circulantes, tudo está aí para desempenhar um conjunto de funções.
E há, aí, um detalhe importantíssimo que a sociedade moderna está esquecendo:
muitas dessas funções mecânicas e orgânicas só acontecem se o corpo se
movimentar. Se ficar muito tempo parado, não funcionará plenamente. A melhor
forma de compensar as facilidades da vida moderna, dando outros tipos de
trabalho ao corpo, isto é, qualquer movimentação que seja suficiente para que
tais funções dependentes do movimento permaneçam ativas. O que não pode é ser
sedentário.
MÁ ALIMENTAÇÃO: MUDANÇA DE HÁBITO
Comer bem significa um conjunto de escolhas de
grande abrangência e efeitos decisivos. Uma boa alimentação se baseia não apenas
no que está dentro do prato, mas depende de uma série de processos anteriores
ao momento da refeição. Comer bem requer conhecimento da natureza, da ciência e
dos sistemas de produção e distribuição de alimentos. A importância da boa alimentação,
às vezes, aprende-se na escola, ainda na infância, e costuma-se, também,
aprender dentro de casa, num tempo em que as crianças não almoçavam no
shopping. Era papel da mãe, que cuidava da família e não trabalhava fora,
insistir que o filho esvaziasse a tigela de sopa de legumes. Era a mãe que
defendia os poderes das vitaminas contidas nos alimentos naturais. Mas agora
quem ensina a gente a comer é a indústria de alimentos. É ela que diz que
panelas são desnecessárias porque existe uma linha completa de refeições
prontas congeladas, e ao mesmo tempo lembra que cereais integrais, ingeridos
pela manhã, fazem bem para o intestino. É a indústria que chama a atenção do
consumidor para os produtos light, que acabam sendo entendidos como saudáveis,
ainda que nem sempre sejam. A prevenção de doenças começa pela nutrição. Uma
boa alimentação é uma alimentação saudável, ou seja, composta por alimentos que
cumpram com os compromissos que você tem com sua saúde. Comer bem é, portanto,
dar ao corpo aquilo que ele precisa.
Sem água, vai tudo por água abaixo
Beba água, beba mais água, beba muita, mas muita
água mesmo. O corpo humano precisa de bastante água para funcionar plenamente,
e é uma pena que a imensa maioria das pessoas não tenha crescido com o hábito
de bebericar água o tempo todo, pois esse é um dos hábitos mais saudáveis que
se pode ter. A água tem diversas funções no corpo. A principal delas é a
constituição da maior parte das estruturas corporais. Ela corresponde a nada
menos do que 45% do peso corporal, no mínimo. A proporção pode chegar a 75%,
dependendo da composição corporal da pessoa. A gordura detém 10% de água e os
músculos detêm 75% da água disponível. Praticantes de atividade física precisam
mais ainda de água, pois perdem grandes volumes com o suor e utilizam muito
líquido no metabolismo, que é mais intenso do que nas pessoas inativas. Para
saber se está hidratado o suficiente,
observe sua urina. Ela deve ser clara e transparente, e com pouco odor. A
concentração da urina, que é o líquido filtrado do sangue e carrega para fora
as toxinas que não devem ficar no corpo, indica a saúde de seu sangue. Quanto
mais filtrado, melhor. E tem de ser água. Não adianta beber coca-cola no lugar
da água, pois esse tipo de bebida, tem o efeito contrário: desidrata. Para
hidratar: água, ou, pode ser suco de frutas diluído, que também ajuda no
equilíbrio eletrolítico, fornecendo sais minerais, que é exatamente o que as
bebidas isotônicas fazem com mais rapidez. Aliás, o consumo de bebidas
isotônicas é recomendado para atletas, que perdem muito rapidamente água e sais
minerais, mas deve ser moderado para pessoas que, mesmo sendo ativas, não têm
um gasto tão intenso de nutrientes.
PRIVAÇÃO DO SONO: A IMPORTÂNCIA DO SONO
Todas as funções do cérebro e do organismo são
influenciadas pelo sono, e não dormir traz sérias consequências para ambos. Os
estudos sobre a função do sono e seus efeitos ainda têm incógnitas, mas já se sabe que ele não é exatamente uma fase
de repouso. Os efeitos da falta de sono sobre a saúde não são todos visíveis e
claros. Aliás, nem todo mundo fica com olheiras, com os olhos vermelhos, ou
boceja no meio do dia. Há estágios do débito de sono que vão aos poucos minando
nosso organismo silenciosa, cumulativa e progressivamente, causando graves
danos à saúde. Alterações no ritmo mental: irritabilidade, mau humor,
sonolência, desatenção, perda de concentração e da memória de fatos recentes,
raciocínio mais lento, redução da capacidade criativa, de planejamento e de
execução de tarefas. Estes são os primeiros sintomas da privação crônica de
sono. E, se as noites continuam mal dormidas, o quadro pode evoluir para: perda
de vigor físico e tônus muscular, envelhecimento precoce, obesidade, sistema
imunológico prejudicado, aumento acentuado no risco de doenças cardiovasculares
e gastrointestinais, diabetes e perda crônica de memória.
Para os humanos, uma noite de sono não serve
apenas para o descanso. Durante o sono o cérebro se reorganiza, guardando as
infirmações essenciais no lugar certo e eliminando as desnecessárias. O
organismo, passando a ser controlado pelo sistema autônomo, trata de fazer
reparos nos órgãos, construir novas células, reformar e limpar a casa. É
justamente durante a noite que certos hormônios são secretados, desencadeando
processos fundamentais ao organismo. Alguns deles são a leptina, que controla a
sensação de saciedade, o cortisol, que promove a utilização de gordura pela
mobilização dos depósitos adiposos e contribui na resposta ao estresse, e o
hormônio do crescimento (ou GH), que aumenta a síntese de proteína e o uso de
gordura para energia. A baixa de GH tem sido associada ao envelhecimento. Na
falta desse hormônio, os ossos e músculos ficam menores e mais fracos, ocorre
maior acúmulo de gordura no abdome e a pele fica ressecada e flácida.
O problema de dormir pouco é que, em menos do que
7, 8 ou 9 horas (média necessária para a maioria dos adultos), não se completam
todos os ciclos do sono. Se o tempo do sono profundo é reduzido, cai a secreção
de hormônios vitais ao organismo. O efeito dessa produção reduzida, nos jovens,
é a diminuição da capacidade ou do ritmo de crescimento e o comprometimento no
desenvolvimento do corpo e, nos adultos implica na aceleração do
envelhecimento. Para praticantes de exercícios físicos, a falta desses
hormônios pode comprometer os resultados esperados. Pode-se dizer até que o
sono é um dos maiores aliados de um atleta. Por exemplo, por mais que se
esforce na musculação ou na bicicleta, uma pessoa que dorme mal pode não
conseguir a hipertrofia na musculatura e a perda de gordura corporal que
conseguiria se dormisse bem.
ESTRESSE: UMA FORMA DE OLHAR O MUNDO
O estresse é nossa resposta emocional para os
acontecimentos da nossa vida. Em suma, é nossa maneira de lidar com ela. Não se
pode dizer, que o estresse é sempre um inimigo da saúde. Na verdade existem
dois tipos de estresse: um bom e outro ruim. Em todas as suas formas, o
estresse é um mecanismo de adaptação a uma nova situação, o que envolve algum
risco. É o corpo humano, ligado à mente, tentando deixar o indivíduo o mais à
vontade possível em face de um novo evento relevante em sua vida.
O estresse aparece também em sintomas
psicossociais: irritabilidade excessiva, falta de concentração, hostilidade,
uso excessivo de palavrões, falta de vontade de sair de casa, pessimismo,
impaciência com coisas simples, brigas constantes até com desconhecidos,
sentimento de só se sentir bem trabalhando, perda do sentido da vida. As coisas
começam a se complicar, a produtividade cai, até que um dia algum órgão do
corpo entra em colapso, num aviso derradeiro. É a fase da exaustão. Ou se cuida,
ou a doença toma conta.
Em um processo de desencadeamento de estresse,
são dois os mecanismos que atuam principalmente: o sistema nervoso central e o
sistema das glândulas endócrinas. No que toca aos sistema nervoso central, a
reação inicia pelos receptores de sentido (visão, audição, olfato, paladar e
tato), que estimulam diversas áreas do cérebro, que então desencadeiam
respostas do organismo. O sistema das glândulas endócrinas também estimula
respostas do organismo, como não poderia deixar de ser , pela corrente
sanguínea, que transporta os hormônios. O que diferencia um e outro sistema de
resposta ao estresse é a qualidade da resposta ao estímulo. Pelo sistema
nervoso central, as respostas são mais imediatas e menos prolongadas (como, por
exemplo, uma ação muscular brusca). As respostas provocadas pelo sistema
endócrino são mais lentas e duradouras (como, por exemplo, a ação da adrenalina
em uma situação emoção ou alerta). Quando há uma reação de alarme inicial, o
corpo busca adaptação à nova situação e resiste ao estresse. Mas quando o nível
de estresse é superior à capacidade de resistência, o organismo pode exaurir
suas reservas. Os primeiro sintomas desse estágio costumam ser: herpes, gripes,
irritabilidade, insônia, tensão muscular, dores no corpo e nas articulações,
dispersão, distúrbios do apetite (falta ou excesso), ansiedade, dores de
cabeça, sensação de cansaço e incapacidade para a ação, perda de memória, etc.
Quando os elevados níveis de estresse se mantêm por tempo prolongado, esses sintomas
podem se desenvolver para doenças mais graves, como: artrite, alergia,
hipertensão arterial, infartos do miocárdio, derrames cerebrais, úlceras e
câncer, entre outras.
DROGAS: USO E ABUSO DE DROGAS
Intitulamos “droga” qualquer substância e/ou ingrediente utilizado em
laboratórios, farmácias, tinturarias, etc.; um pequeno comprimido para aliviar
uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga. Contudo, o termo é
comumente empregado a produtos alucinógenos ou qualquer outra substância tóxica
que leva à dependência como o cigarro e o álcool, que por sua vez têm sido
sinônimo de entorpecente. As drogas psicoativas são substâncias naturais ou
sintéticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma
(ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente
sanguínea e atingem o cérebro, alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o
usuário a reações agressivas.
As drogas
são definidas como toda substância, natural ou não, que modifica as funções
normais de um organismo. Também são chamados de entorpecentes ou narcóticos. A maioria
das drogas é produzida a partir de plantas (drogas naturais), como por exemplo,
a maconha, que é feita com
Cannabis sativa, e o Ópio, proveniente da flor da Papoula. Outras
são produzidas em laboratórios (drogas sintéticas), como o Ecstasy e o LSD. A
maioria causa dependência química ou psicológica, e podem levar à morte em caso
de overdose. Existem exames médicos que conseguem detectar a presença de várias
drogas no organismo - são chamados de Exames Toxicológicos.